Cilindro Mestre do 3º Portal:

Eslovênia

Ativação do Terceiro Portal: 17 de Maio de 1997

Cilindro Mestre: perto de Bled, Eslovênia

Um relato de Solara

Traduzido por Andre B. Souza

É sempre um enorme desafio a tarefa de tentar descrever como é tomar parte de um Cilindro Mestre de uma das ativações planetárias principais do 11:11. Em primeiro lugar, as Ativações do 11:11 são eventos totalmente diferentes de qualquer outro que conheçamos, como workshops, conferências ou uma Reunião. As ativações Planetárias são eventos extremamente abençoados, em que se dá um alinhamento maciço que rompe as membranas entre os mundos, entre os Sistemas do Grande Sol Central e entre as espirais evolucionárias, criando uma superposição entre a Realidade Maior e o momento presente, à qual todos podem ter acesso. É uma experiência e tanto, que transforma totalmente a todos que escolhem participar. É muito mais do que a experiência de uma vida.

 

No dia 17 de Maio, a primeira de três poderosas Ativações do Terceiro Portal do 11:11 teve lugar nas montanhas acima de Bled, na Eslovênia. Havia 56 participantes que formaram o Cilindro Mestre. Esses seres dedicados tinham passado os quatro dias anteriores dentro do Pavilhão de Festivais de Bled, nas tarefas de se alinhar com o Ser Único, aprender as Danças Sagradas, falar a Língua das Estrelas e fundir-se mais e mais profundamente no Ser Único. Eles vieram de muitos países, incluindo: Eslovênia, Croácia, Bósnia, Sérvia, Bulgária, Alemanha, Áustria, Lituânia, Finlândia, República Tcheca, Inglaterra, França, Irlanda, Estados Unidos, Peru, Israel e Austrália. Vieram para dar tudo de si e dar nascimento ao Novo.

A nossa Cerimônia começou logo cedo, quando nos encontramos às margens do lago e silenciosamente nos transferimos para seis barcos. Nossos barcos se dirigiram dois a dois em direção à ilha no meio do lago. Lá chegando eles se separaram, com três barcos ladeando a ilha pela esquerda e três o fazendo pela direita. Quando chegamos do outro lado da ilha, finalmente conseguimos ver a aproximação dos outros três barcos dos quais nos havíamos separados. Repentinamente, o som da trompa de concha de Watanabe rompeu o silêncio da manhã que se iniciava e a Ativação do Terceiro Portal oficialmente teve início.

Quando os barcos se aproximaram, começamos a cantar a canção Ayoka em linguagem estelar, estendendo nossos braços como um cumprimento estilizado e com isso abrindo o tecido do espaço-tempo. Nossos barcos passaram uns pelos outros do lado oposto da ilha e então se iniciou nossa jornada de volta ao lado em que tínhamos começado. Podiam-se ouvir os sons de Ayoka suavemente flutuando ao vento. Foi totalmente maravilhoso. Então tornamos a nos juntar de novo, dessa vez em duas filas de três barcos e ainda cantando Ayoka em nosso caminho de volta à margem do lago.

Do lado de fora do Pavilhão de Festivais, nosso ônibus já nos esperava para nos levar às montanhas onde teria lugar a nossa Cerimônia. Era um prado adorável, situado junto a um pequeno lago de águas ligeiramente esverdeadas. Os picos das vizinhanças eram majestosos e de forma triangular, lembrando-nos da Cratera de Pululahua, no Equador, onde se deu a ativação do Segundo Portal em 1993. Além do nosso Grupo Dedicado ao Cilindro Mestre, pelo menos cinqüenta pessoas mais chegaram para juntar-se a nós para a ativação da Primeira Fase do Terceiro Portal. Vinham da Eslovênia, Croácia, Bósnia e até mesmo do Brasil!

Às vezes é muito desafiadora a tarefa de tentar encontrar as maneiras corretas de integrar novas pessoas ao Ser Único extremamente alinhado de nosso Grupo do Cilindro Mestre. Decidimos-nos por um meio termo, deixando-os participar de algumas danças, mas não de todas e deixando que fossem Guardiões sempre que quisessem. Apesar do fato desses recém-chegados nos terem fornecido o número de pessoas de que necessitávamos para o Cilindro Mestre realmente efetivo, fiquei com pena deles não terem sido capazes de se alinhar plenamente conosco em um estado avançado de Unicidade durante os dias anteriores.

Começamos executando a Dança Processional da Estrela, nossa Dança Sagrada mais antiga, e aquela que teve um papel importante na Abertura do Portal 11:11 em Janeiro de 1992. A Processional da Estrela tem sido executada em todo o mundo desde então, sempre com um profundo efeito de realinhamento das estrelas e de nos levar cada vez mais profundamente em direção ao Invisível.

Depois passamos para a Dança Terra-Estrela. Pela primeira vez, eu escolhi não participar dessa dança, de modo que eu e Ray nos tornamos Guardiões interiores, guardando a santidade da energia no círculo imediatamente exterior ao dos dançarinos. Mesmo assim, nós ainda mantivemos todos os Guardiões exteriores em posição ao redor de nosso prado. Nova e Omashar logo se juntaram a Ray e a mim na condição de Guardiões interiores e rapidamente formamos um poderoso Ser Único, protegendo a extrema vulnerabilidade dessa dança. Mantivemo-nos como o Uno, abraçando os dançarinos com o nosso Coração Uno.

Apesar de já haver executado a Dança Terra-Estrela muitas vezes desde seu nascimento na Finlândia em 1995, essa foi a primeira vez que isso foi feito ao ar livre e em plena luz do dia e esse fato provou ser muito significativo. Os dançarinos se desempenharam magnificamente, encarnando plenamente os seres da Terra e das Estrelas, dando tudo de si para lhes dar vida. Do ponto de vista de um Guardião, fui capaz de notar muitos aspectos dessa dança que não havia sido capaz de ver antes. Fiquei impressionada com a grande suavidade e a grande rusticidade da Dança Terra-Estrela.

Repentinamente soube que estava presenciando algo muito importante, que a história estava sendo escrita bem diante de meus olhos e que uma antiga profecia das fadas estava se realizando! A única outra ocasião em minha vida em que tive consciência de participar da realização de uma profecia dessa magnitude foi muitos anos atrás, durante a Iniciação dos Gnomos, da qual participei em Quebec, no Canadá. Escrevi sobre isso em meu livro The Star-Borne.

A antiga profecia das fadas que estava se realizando hoje era mais ou menos assim:

 "Quando os Seres Terra primordiais

vierem à superfície da Terra à luz do dia,

quando vierem à superfície da Terra e DANÇAREM,

quando dançarem em abandono sob a luz do Sol. . .

 

E quando os radiantes Seres Estrela

vierem à superfície da Terra à luz do dia,

quando vierem à superfície da Terra e DANÇAREM,

quando dançarem em abandono sob a luz do Sol. . .

 

E quando os Seres Terra e os Seres Estrela dançarem JUNTOS,

o que é totalmente impossível de um dia acontecer,

o Invisível se tornará visível,

Terra e Estrela se tornarão UM,

o Novo Mundo poderá nascer

e todas as coisas maravilhosas se tornarão possíveis."

E foi isso exatamente o que aconteceu naquele dia 17 de Maio, em um prado nas montanhas perto de Bled, Eslovênia! Foi uma surpresa total e um presente maravilhoso para todos os envolvidos.

E, como sempre, ainda há mais! Nossa cerimônia continuou com a Dança do Lótus, de que todos participaram. Isso quer dizer que havia pessoas que a estavam dançando pela primeira vez na vida, enquanto que outros estavam bem familiarizados com ela. Dançar junto com os que estão aprendendo a dançar pela primeira vez geralmente minimiza a energia de ressonância que poderia ser obtida de um grupo bem treinado de indivíduos unificados, mas dá ao nosso Ser Único a oportunidade de se expandir. Nesse caso, é uma espécie de toma lá-dá cá. . .

Por alguma razão, Ray, Watanabe, Nova, Elara e eu decidimos não tomar parte dessa dança. E ela decididamente não foi executada com o grau de calibração de energia que é necessária para erguê-la à altura dos domínios sutis da Realidade Maior. Eu conscientemente escolhi me aliviar de uma parte da grande responsabilidade, que vinha carregando por anos a fio, em relação à nossa passagem pelo portal do 11:11, pois sinto que o Terceiro Portal marca o fim da fase em que há apenas uma pessoa no centro de tudo. E agora este cetro é passado de “uma pessoa” para “Um Ser”. De modo a facilitar essa passagem, às vezes eu simplesmente me eclipso da cena, de modo a permitir que outros possam recobrar o seu próprio poder na forma do Ser Único.

Essa é uma grande idéia, exceto pelo fato de que naquele dia, nessa primeira fase de nossa importante Ativação do Terceiro Portal, a energia começou a decair rapidamente. Repentinamente, uma grande nuvem negra de chuva apareceu sobre a primeira montanha, ameaçando liquidar com toda a nossa cerimônia. Estou certa de não ter sido a única do grupo a ter uma memória fugaz da nossa traumática noite de chuva em Machu Picchu durante a nossa Reunião Peruana. Teríamos que agir rapidamente para recalibrar as energias e colocar essa ativação de volta nos eixos!

Só consegui pensar em uma coisa a fazer --- A Dança Espiral Sagrada! O nosso Grupo de Cilindro Mestre a tinha praticado bem e tinha até aprendido a entrar nas posições corretas para a dança, através da caminhada em duas filas como o Ser Único, cada um pisando sobre as mesmas pegadas. Tinha chegado a hora de demonstrarmos a nossa maestria!

Todos estavam preparados para a eventualidade de, caso algo extraordinário acontecesse ou se a energia caísse, deveríamos nos alinhar em um Ser Único ainda mais forte que antes. Bem, agora era a hora. Chamei-os e formamos as duas filas, cada um junto ao seu parceiro. Por cautela, pensei em praticar um pouco o passo sincrônico com eles antes de dançar para valer. Bem, ninguém conseguia faze-lo mais! O nosso Ser Único estava se dissolvendo, justamente no momento em que ela era mais necessário.

O que precisávamos agora era de um milagre, ou pelo menos pensar rapidamente em uma saída. Com um lampejo súbito de inspiração, tomei as duas fileiras e rapidamente as transformei em dois círculos, que se transformaram em uma Dança do Lótus... Uma Dança do Lótus bem perfeita... Uma poderosa Dança do Lótus, que funcionou para ancorar o Coração Único e voltar a nos alinhar com o Ser Único. Após mais ou menos 15 minutos, nós então voltamos a desmanchar os círculos e a transformá-los em duas linhas. E ali estávamos nós, lado a lado com nossos parceiros para mais uma Dança Espiral Sagrada.

Só que dessa vez todos nós pisamos todos juntos e nosso Ser Único estava plenamente renascido. Nossas duas fileiras andaram como Uma só, até se transformarem nas duas espirais da Dança Espiral Sagrada. Quando a música começou, todos nós espiralamos rumo ao interior, como um só todo orgânico. Foi maravilhoso! A cada passo conseguíamos sentir a reconfiguração acontecendo, "Kachunk, kachunk, kachunk." A cada passo que dávamos, sentíamos que um potencial ilimitado, infinito, era espiralado para tomar forma. Sempre indo mais fundo, rumo ao Centro, refinando cada um de nós, e o planeta inteiro, realinhando tudo numa Unicidade maior, com uma total intenção focalizada, em um profundo estado de Sagrada União.

Muitos de nós conseguiram sentir presença daquele sentimento elevado de iridescência que se dá quando estamos verdadeiramente dançando nesses “Espaços Intermediários”. Ray, que estava de meu parceiro na condução de uma das espirais, disse que tudo tinha ficado de um branco brilhante e que ele conseguia ver através de minha pessoa. As antes tão ameaçadoras nuvens de chuva deixaram cair uma suave chuva atomizada, que era como beijos suaves e doces. Alguns dos Guardiões entraram em um estado de abençoado êxtase, plenos de Amor Maior. Muitos viram e sentiram a grandeza desta dança, o poder deste momento eterno, a bênção que representava tomar parte de uma experiência tão rara e majestosa.

Todos nós sabíamos que algo tinha sido irrevogavelmente transformado e que agora nós tínhamos verdadeiramente conseguido ativar a primeira fase do Terceiro Portal. Estávamos transformados muito além do que podíamos compreender. Tínhamos tomado parte em algo tão profundo, tão inescrutável, originário de uma Fonte de vastidão indescritível. Tudo o que posso dizer é: “Mas que bênção!”

Reexaminando esses acontecimentos alguns dias depois, percebi que eu ainda era necessária, que eu ainda tinha muitas habilidades que deveriam ser utilizadas para invocar o nosso Ser Único, mas que sem nosso Ser Único, nada de Novo pode acontecer. E foi justamente o nosso Ser Único que veio à tona naquele dia, exatamente no momento exato em que Ele era mais necessitado; e por isso eu lhe sou eternamente grata.

E foi estranho, mas quando nossa reunião terminou, nós não ficamos com qualquer sentimento de júbilo pela completude como sentimos ao final da Ativação do Portal 11:11 propriamente dito ou mesmo da do Segundo Portal. Sabíamos que a Ativação do Terceiro Portal tinha apenas começado. E considerando que a esfera desse Portal é tão incomensuravelmente vasta, ainda temos muito que trazer à luz em termos de Novo, tanto no interior de nossos próprios seres quanto no mundo à nossa volta. Essas energias elevadas estarão em ação até que a última Ativação do Terceiro Portal seja completada, o que terá lugar em Outubro na Austrália.

Todo o material: copyright 1989 - 2006 por Solara. Todos os direitos reservados.