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Relato de Solara sobre o Cilindro Mestre do 4º Portal, no Taiti |
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Traduzido por Andre B. Souza Como é possível
descrever tudo que aconteceu e todas as nossas experiências?
Muitos dentre nós haviam sentido que a Ativação do Quarto Portal seria a mais poderosa desde a que ocorreu com a abertura original do Portal 11:11, em Janeiro de 1992, e foi assim mesmo. Ela foi muito mais poderosa e abrangente do que eu sequer imaginei, e mesmo agora continua sendo. Sempre que ativamos algum dos Portais do 11:11 em um Cilindro Mestre, trata-se de uma experiência extremamente real. Passamos para um estado de Realidade Supra Normal. Vemos e vivenciamos fatos que não são de ocorrência comum neste planeta. Criamos um espaço de sacralidade e beleza, que transcende em muito a experiência terrena. Trata-se de uma profunda imersão nos domínios da Realidade Maior, que transforma nossos seres a um nível celular profundo e que haverá de nos acompanhar para sempre. Fomos arrastados para muito além de quaisquer limites que anteriormente tínhamos. Tornamo-nos tão reais e verdadeiros.... Abrimos nossos corações a dimensões totalmente novas do amar e nos tornamos tão impossivelmente V-A-S-T-O-S. Darei alguns detalhes: A maioria dos participantes do Cilindro Mestre chegou ao Taiti em 5 de Agosto. Na manhã seguinte, iniciamos nossas preparações para a abertura do 4º Portal, com 69 pessoas. É sempre uma experiência fascinante a de começar a trabalhar com um salão cheio de estranhos, sabendo que dentro em breve nos haveremos de tornar extremamente ligados e à vontade uns com os outros. Quando deixássemos o Taiti, sete dias depois, compartilharíamos um amor e uma ligação profundos, por termos nos tornado um poderoso Ser Único. Na manhã seguinte viajamos, pelo serviço de balsas de Aremiti, até a maravilhosa ilha de Moorea, situada não muito distante. O que hoje é um grupo de ilhas verdejantes na realidade se trata dos cumes de algumas das montanhas mais sagradas da antiga Lemúria, lugares que costumavam ser inacessíveis a todos, a não ser para uns poucos sábios e sacerdotes. Hoje, elas são o testemunho que temos da existência passada do grande continente da Lemúria e, poderosamente, despertam muitas memórias em nossos seres. Uma vez que as ilhas do Taiti possuem uma ressonância de Beleza Vibrante, elas nos ajudam a nos tornarmos plenamente vivos. Lá chegando fomos ao templo Polinésio (marae) de Titiroa, onde formamos um círculo e cantamos uma antiga canção Polinésia de cura, em honra dos espíritos daquele templo. Enquanto cantávamos, caiu sobre nós uma mansa garoa, como uma névoa, que é a antiga maneira de um marae abençoar aos que vêm a ele com intenções sagradas. Sentimo-nos muito benvindos. Tínhamos voltado para casa. Naquela noite, cinco de nós resolveram não continuar conosco. Um deles retornou aos EUA e os outros quatro decidiram formar um Grupo Âncora para observar o 4º Portal a partir de Moorea. Estou perfeitamente ciente que os Cilindros Mestres do 11:11 se constituem em um grande desafio. Eles nos fornecem oportunidades inéditas de manifestarmos a nossa grandeza e de irmos além de nossos seres individuais. Eles frequentemente tendem a trazer à tona tanto o que há de melhor quanto o que existe de pior nas pessoas. Porém, para que possamos atingir nossos objetivos como um verdadeiro Cilindro Mestre e nos tornarmos um Ser Único, precisamos deixar de lado os nossos planos pessoais, concentrando-nos naquilo que é necessário para que nos tornemos Um Só. Honramos suas escolhas e continuamos com o trabalho de formação de nosso Ser Único. Agora contávamos com 64 pessoas para nosso Cilindro Mestre. E em que grupo forte nos transformamos! Apesar do fato de virmos de vários níveis diferentes de consciência e de sermos originários de 18 países diferentes, todos compartilhávamos do compromisso comum de ativar o 4º Portal e acabamos por nos fundir em um Grupo de Cilindro Mestre muito forte, dedicado e extremamente eficiente. Ao longo dos próximos dois dias, dedicamos nosso tempo à prática de algumas de nossas Danças sagradas do 11:11, além de criarmos a sensacional Dança dos Quatro Elementos. Isso se deu através de um processo muito engraçado e arquetípico. O grupo da Terra pareceu criar seus movimentos, precisos e cuidadosamente coordenados, no que pareceu um lapso de meros minutos. Logo depois, o grupo da Água tinha se transformado em uma bela onda, ondulante e fluida. Enquanto isso, o grupo do Ar aparentemente parecia não conseguir montar absolutamente nada, enquanto que alguns membros do grupo do Fogo estavam em meio a uma discussão acalorada sobre quem estava no comando. Porém, como era de se esperar, no dia seguinte todas as partes da dança tinham miraculosamente se encaixado.
Na manhã de 10 de Agosto, bem cedo, embarcamos no catamarã Va'a Rahi, uma bela e bem cuidada embarcação, para nossa viagem a Tetiaroa. Trata-se de um barco magnífico, dotado de uma ótima tripulação e de energia muito límpida. Passamos a viagem de quase três horas espalhados pela embarcação ou deitados sobre as redes estendidas entre os dois cascos. Embaixo de nós, só o oceano ondulante. Foi um grande dia e Tetiaroa nos pareceu pronto para a nossa cada vez mais próxima ativação. Uma observação interessante sobre o tempo: em Março, eu havia sido avisada para esperar por ventos fortes em Tetiaroa em Agosto, pois é nesse mês que os ventos alísios sopram com mais força. Eu nem queria pensar na possibilidade de sermos fustigados por ventos fortes por toda noite, de modo que não dediquei muita energia a isso, sabendo que sempre somos abençoados com o clima perfeito para as Ativações do 11:11. Após minha chegada ao Taiti, no final de Julho, foi-me informado que os ventos estavam algumas semanas atrasados naquele ano, mas que eles sem dúvida estariam soprando na hora de nossa cerimônia. Mas em toda estada tivemos um clima perfeito, com a mais doce das brisas, só o suficiente para evitar que morrêssemos de calor.
Após o Va'a Rahi ter ancorado ao largo da laguna de Tetiaroa fomos transferidos, em pequenos botes infláveis, para uma de suas pequenas ilhotas (ou motus). Esse foi um "passeio radical", pois tivemos que saltar sobre barreiras de coral, aproveitando as ondas, e em seguida ziguezaguear por entre os cortantes corais submersos, até conseguir chegar à costa. Uma vez chegados ao motu, fomos para a praia, onde deveríamos aguardar pela chegada dos botes de Tetiaroa, que nos fariam atravessar as águas cintilantes da laguna até o motu em que haveríamos de realizar a nossa cerimônia. Foi sobre o gramado de nossa pequena pousada que pela primeira vez praticamos a Dança do Leão Dourado. Trata-se de uma dança muito desafiadora; não só envolve alguns movimentos muito intrincados, como também exige de nós que levemos toda a concentração de nossos seres para o físico, de forma que possamos encarnar os poderosos Leões Dourados. Em seguida fizemos uma pausa de uns 20 minutos para caminhar pela praia até o lugar de nosso piquenique de almoço, que haveria de ser a nossa única refeição até o café da manhã seguinte. Após o almoço, fomos nadar na laguna; de acordo com a opinião geral, essa foi a água mais maravilhosa que todos já haviam provado. Além de cristalina, sua temperatura era perfeita, com um fundo de areia macia e a propriedade especial de dissolver em nós qualquer sensação de fadiga.
Dirigimo-nos então para a ponta de areia onde se deveria realizar a Ativação do 4º Portal. Tratava-se de um local perfeito, puro e intocado, aberto, plano, rodeado de água por dois lados e de bosques de palmeiras pelos outros dois. Pusemo-nos ao trabalho para estabelecer o nosso círculo sagrado, limpando-o de quaisquer fragmentos cortantes de coral; Também instalamos o aparelho de som e o gerador, além de fincar 22 estacas de bambu, providas de tochas, ao redor do perímetro do círculo. Quando tudo estava pronto, já estávamos no final da tarde e o resultado nos parecia maravilhoso. Nossa cerimônia teve início com o acendimento das tochas e o chamado de uma trompa de concha gigante. Então, cada um dos participantes atirou um pedaço de madeira ao nosso fogo da transformação, desapegando-se de tudo aquilo em si que agora estava pronto para ser curado e transformado, e assim fazendo entrou para o círculo. Ali nós lemos a lista de todos os Grupos Âncora do 11:11 espalhados pelo mundo e nos alinhamos com eles. Em seguida adentramos pela laguna, formando Portais de Iniciação. Esses Portais gradativamente se transformaram em um grande círculo sobre as águas, quando então principiamos a dançar a Dança do Lótus. Foi muito gostoso e sentimos uma alegria imensa em dançar nas águas mornas da laguna.
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