Traduzido por Adarene
Pereira
Vários
dias antes da quinzena se completar, AAla-dar chegou a Mebsuta. Ele queria
que tudo estivesse pronto para seu encontro com Kurala. Escolhendo a mais
luxuosa de suas suítes de hóspedes, ele cuidou de deixá-la
totalmente abastecida com wafers Veganos, acrescidos de algumas outras
iguarias que ele imaginou que ela poderia gostar de experimentar.
Embora uma certa emoção fosse surgindo de seu coração,
AAla-dar recusou permitir-se entrar em quaisquer projeções
sobre a iminente visita de Kurala. Conhecendo-a, era impossível
determinar como as coisas poderiam se desenrolar entre eles. Era importante
que ele se concentrasse na tarefa em mãos, que era evitar uma guerra
cataclísmica. AAla-dar estava bem consciente de todas as potencialidades
que estavam a postos para o início de uma guerra intergaláctica
de enormes proporções, de maneira tal que não se via
por incontáveis milênios.
E ele estava certo de que Kurala tinha a chave. Se ele pudesse chegar até
ela, possivelmente, a guerra poderia ser evitada antes mesmo de ter começado.
É irônico que ele também era apaixonado por essa mulher!
Isso provavelmente porque foi dada a ele a tarefa de chamá-la para
o núcleo de sua essência, fazendo tudo que ele pudesse para
fazê-la voltar à luz antes que fosse tarde demais para todos
eles.
Durante este tempo, Kurala viajava para Mebsuta. Ela também foi
tragada por suas emoções, constantemente empurrando suas
expectativas. Não sabendo o que poderia antecipar, ou mesmo o que
AAla-dar queria discutir com ela, finalmente recusou-se a se permitir pensar
nisso. Ao contrário, ela concentrou-se em estudar os gráficos
que havia juntado, de várias estrelas, a fim de ficar mais familiarizada
com a navegação celeste, sabendo que este conhecimento seria
essencial para sua sobrevivência nos tempos vindouros.
Estes estudos vieram facilmente a Kurala. Era como se ela já conhecesse
os inumeráveis padrões estelares e coordenasse os vários
vetores, e só precisasse acessar seus bancos de memória celular.
Às vezes, concentrando-se nos quadrantes chave de vetores ou nas
freqüências de co-seno em torno às sobreposições
de zona nula, Kurala começaria a se lembrar de que viajam nas correntes
estelares com uma facilidade atemporal. O engraçado era que ela
nunca se sentiu dentro de uma nave estelar, era apenas ela sozinha em seu
corpo, quase como voar. Estas memórias recorrentes eram tão
familiares!
Absorta em seus estudos, experiências e lembranças, a jornada
de Kurala se passou rapidamente e sem esforço. Como Mebsuta se aproximava
cada vez mais, ela foi arrastada por uma onda de entusiasmo crescente.
Se vestindo rapidamente em um deslumbrante terno vermelho e roxo, com uma
saia comprida e estreita, Kurala estava pronta para atender AAla-dar. (Ela
queria muito impressioná-lo com sua recém-descoberta sofisticação).
Olhando pela janela para Mebsuta, ela viu que o planeta estava coberto
com uma densa vegetação em vales de baixa altitude, a partir
dos quais se projetavam altos picos rochosos. Que lugar fascinante! Em
seguida, o espaço-porto futurista ficou à vista – grandes
esferas flutuando no ar e estranhas torres - Kurala nunca tinha visto nada
parecido.
AAla-dar assistiu a passagem do tão aguardado navio negro com o
campo de orquídeas, e sentiu inflar seu coração. Kurala
tinha chegado! Estando sozinho fora da entrada do porto espacial, esperava
com impaciência a escotilha se abrir e Kurala desembarcar. E de repente,
lá estava ela, a mulher dos seus sonhos! AAla-dar queria correr
até ela e retê-la em seus braços, mas forçou-se
a esperar até que ela se aproximasse. Kurala estava ainda mais bela
do que ele se lembrava, alguma coisa havia mudado profundamente dentro
dela desde a última vez. Ela não emanava mais rudeza e crueldade.
Kurala viu Aala-dar em pé sozinho em frente à porta do espaço-porto,
e foi imediatamente preenchida com alegria. Ele parecia tão familiar
a ela, como se ela tivesse estado com ele no dia anterior. Era difícil
acreditar que tanto tempo tinha se passado. Suprimindo um sorriso, o seu
ser, no entanto, brilhou de deleite.
Ali estavam eles agora, frente a frente, se olhando profundamente nos olhos,
não se atrevendo ainda a falar. Ambos sabiam de forma irrevogável
que o amor entre eles havia se tornado ainda mais forte. Estando lá,
em silêncio, seus olhos sedentos de beber o cálice do amor
compartilhado. Não era necessário se tocar ou falar, eles
perceberam que de alguma forma, eles se tornaram um.
Finalmente, com um suspiro pesado, AAla-dar disse: "Kurala, você
veio"
"Sim, AAla dar, eu estou aqui", respondeu Kurala, incapaz de
retirar seus olhos dos dele.
"Vamos entrar?"- ele perguntou. Sacudindo a cabeça em
aprovação, ela entrou com ele no espaçoporto às
suas dependências privadas.
Ao entrar em sua suíte, Kurala observou o luxo requintado do apartamento
de hóspede. Desta vez ela não tentou mascarar a sua surpresa.
"Porque, AAla-dar, é simplesmente lindo. Eu nunca vi um lugar
como esse! Ele faz com que a nossa deslumbrante sala em Deneb não
pareça nada especial. Como você encontra esses lugares? Eu
não sabia que existia tamanha beleza"
"Estou contente por encontrá-la ao seu gosto", disse AAla-dar
modestamente, mas ao mesmo tempo muito feliz por ela estar sensibilizada.
Ele tinha pensado que ela apreciaria Mebsuta. (Espere até ela
ver os pavilhões-ilhas em Arion! Ele pensou. Ele estava guardando-os
para mais tarde). Então AAla-dar puxou Kurala em seus braços
e a beijou. Eles ficaram abraçados por um longo tempo, ambos embalados
no fulgor do seu amor a muito tempo reprimido.
Ainda que muito importante, a urgente questão entre eles teria que
esperar. O chamado de um raro e grande amor instou-os a se entregar totalmente,
e isso eles fizeram com total abandono. Foi a única coisa que qualquer
um deles poderia fazer. Todos os pensamentos tinham sido apagados, todos
os planos chegaram a um impasse total, o restante do universo deixou de
existir. Nada mais importava, exceto permanecer juntos, se fundir em um
ser.
Três dias se passaram, portanto, no Não-Tempo. Dias de poucas
palavras, exceto os murmúrios doces de amor. Dias sem alimentação
de comida, bolachas, mesmo wafers veganos, tinham sido esquecidos, para
que alimento físico, quando o maná do mais puro amor estava
disponível. Dias e noites, se turvando em unidade, as barreiras
entre os seres sendo dissolvida. Só alegria permanecia, a felicidade
de uma qualidade sublime que não se sabia possível.
Finalmente, eles perceberam que teriam de voltar ao tempo, pois havia muito
a se fazer. Com grande ternura, eles se afastaram, retornando às
suas identidades separadas tanto quanto possível. Descobrindo uma
intensa fome, eles gastaram mais de uma hora comendo bolachas veganas e
algumas das outras iguarias que AAla-dar havia estocado. Por fim, se entregaram
ao trabalho.
"Kurala, eu sei que você é responsável pela captura
do nosso depósito de suprimentos no X432 em Vetor 4 e que teve ajuda
dos renegados de Maldon. O que eu não entendi é como é
que você obteve a ajuda de Maldon? São de fato um grupo muito
difícil, comentou AAla-dar.
"Foi muito fácil, na realidade. Eu acho se pode dizer que eu
os impressionei com uma combinação de minhas habilidades
de navegação e meu charme feminino". Kurala sorriu com
a lembrança de suas experiências em Maldon. "Quintron
tem um coração de mingau em toda sua dureza" Então,
ela compartilhou com AAla-dar algumas de suas experiências ali. Ambos
riram tanto que lágrimas escorreram de seus rostos.
"Kurala, você é realmente peculiar! Parte de você
é incrivelmente inocente. Se você tivesse alguma idéia
de onde está se metendo... Pois bem, se alguém poderia derreter
os corações dos cowboys em Maldon, especialmente do velho
comandante Quintron, esse alguém é unicamente você!
Mas por que você quer aproveitar o nosso depósito de suprimentos?",
perguntou ele com interesse.
"Precisávamos de navios de guerra e de mais armas," Kurala
respondeu calmamente.
"Por que precisamos disso? Você não vem invadindo planetas
recentemente", disse ele.
"Porque eu estou declarando guerra contra os Senhores das Trevas de
Orion". Kurala não teve medo de dizer a Aala-dar a verdade.
De fato, ela ficou realmente aliviada por poder falar com alguém
em quem ela confiava. "Estamos prestes a levantar um exército
chamado UNA, Exército Universal das Nações, para que
possamos finalmente nos libertar da tirania dos OMNI's".
AAla-dar não podia acreditar no que acabara de ouvir. "Você
está declarando guerra contra a OMNI? afirmou incrédulo.
"Da última vez que a vi, você estava orgulhosa por trabalhar
em aliança com eles. O que aconteceu?"
Kurala lhe falou de seu retorno à Galaxitron depois da sua última
reunião, de como Shamo recebeu implantes de Orion, e sua raiva dos
Senhores das Trevas. Seguiu-se então sua visita a Maldon.
Ela continuou: "A pior coisa que aconteceu foi durante a noite no
meu barco em Maldon, enquanto eu estava à espera de sua decisão.
Pela primeira vez, fui tomada por dúvidas terríveis, se eu
deveria assumir os Senhores das Trevas. Eu considerei pedir sua ajuda.
Mas depois que Maldon decidiu me ajudar, eu não poderia voltar atrás."
"Oh Kurala, gostaria que tivesse me contactado, teria sido muito mais
simples lidar com o problema. Você sabe que eu teria vindo te ajudar.
Comandante Quintron e eu recuamos um longo caminho. Poderíamos ter
trabalhado em algo."
"Bem, eu não o fiz, por algum motivo. Eu mudei muito desde
que eu te conheci, eu nem sei mais quem eu sou. Eu não posso confiar
em mim mesma." Kurala quase começou a chorar, mas às
pressas se recompôs. Ela não queria que AAla-dar percebesse
quão frágil e confusa ela tinha se tornado. Em seguida, ela
lhe falou de seu retorno à Galaxitron, sobre a curadora Neptha e
sobre como Shamo piorou a ponto de não reconhecê-la mais.
Falando de Neptha, ela se lembrou da mensagem que havia recebido dela.
"Você conhece Neptha El Ra? Ela é um dos espiões
da Confederação?, perguntou.
"Eu nunca ouvi falar de Neptha. No entanto, eu enviei a mensagem para
você. A forma como fazemos não é enviando mensagens
para indivíduos particulares, mas atribuindo-lhes um certo nível
de ressonância onde são recebidos por todos que estiverem
sintonizados com essa freqüência", explicou AAla-dar.
"Diga-me Kurala, você teve algum contato com os Senhores das
Trevas recentemente?" perguntou.
"Nenhum. De alguma forma, eles não devem estar conscientes
do que estamos fazendo", disse ela.
"Isso não é possível. A OMNI sempre sabe tudo
o que está acontecendo, principalmente nos seus próprios
territórios. Por alguma razão, eles devem ter tomado a escolha
de não agir", AAla-dar respondeu com firmeza. O coração
de Kurala encheu-se rapidamente de um medo sinistro. "Bem, é
melhor assim, eles não nos contataram ainda, então teremos
mais tempo para nos preparar", disse ela corajosamente.
AAla-dar sentou-se em silêncio, perdido em pensamentos. Como ele
falaria a Kurala sobre a gravidade da situação? Agora que
ela tinha perdido muito de seu desejo de poder e controle, ela emanava
uma bonita inocência. Ele não queria destruir isso, juntamente
com sua independência e espírito elevado, que eram a fonte
de boa parte da sua força. E ela iria precisar de toda sua força
e coragem nos tempos que viriam, não importando o curso de ação
a ser seguido. No entanto, de alguma forma ela deve ter sido feita para
compreender plenamente as implicações do que estava acontecendo.
"Deixe-me tentar explicar a você o que está acontecendo",
começou ele. "Isto é o que tem sido colocado em jogo
desde que nosso depósito de suprimentos foi interrompido. Agora
mesmo as forças da Confederação Intergaláctica
foram posicionadas em alerta máximo. Suas frotas estão se
posicionando ao longo de quadrantes-chave em vários setores. Eles
ainda não sabem se os Senhores das Trevas de Órion estão
envolvidos, por isso é provável que se eles se depararem
com qualquer uma das forças da OMNI, essa batalha pode ter início."
AAla dar-continuou, "Nós também podemos supor que os
Senhores das Trevas foram colocados em total prontidão para o combate
e que seus esquadrões foram dispersos em vários pontos estratégicos.
Uma vez que eles estão cientes da existência de uma terceira
força, e que não se trata da Confederação,
isso os colocará em posição de superioridade sobre
a Confederação Intergaláctica, perturbando o equilíbrio
entre a escuridão e a luz ao longo de nosso universo inteiro. A
razão pela qual Galaxitron não foi atacada até agora
é, provavelmente, porque serve ao propósito da OMNI, para
manter a Confederação no escuro sobre as forças UNA.
Ele olhou para Kurala que ouvia atentamente. "E também há
a questão de Maldon, que nunca foi reconhecido por participar nas
ações, exceto para atingir seus próprios interesses
egoístas. Mesmo que você tenha os encantado, e eu tenho certeza
que fez, nunca se engane em pensar que você está em vantagem
sobre eles, ou que eles têm algum senso de honra, porque eles não
têm. A razão pela qual cada um deles foi expulso da Confederação
é porque eles foram incapazes de acompanhar uma autoridade superior.
Eles são todos um bando de criminosos endurecidos que não
têm respeito por ninguém!"
"Então o que você sugere que eu faça?" Kurala
perguntou, percebendo finalmente as implicações de suas ações.
"Antes de você decidir o que fazer, eu quero que você
esteja plenamente consciente sobre onde tudo isto está sendo conduzido.
Atualmente, existem três forças opostas das frentes de batalha
prontas para a vaguear pelos céus, todas ansiosas para lutar. Estamos
à beira de uma guerra intergaláctica enorme que só
pode ser devastador para todos! Algo tem que ser feito para difundir essa
situação imediatamente. " AAla dar-fez uma pausa e tomou
a mão de Kurala. "Eu devo servir a Confederação
acima de tudo, mas vou lhe ajudar em qualquer maneira que eu puder, pelo
tempo que precisar.
"AAla-dar, se eu retirar minhas próprias forças de UNA,
o que Maldon vai fazer? E a OMNI? Certamente eles vão destruir nosso
planeta. Pode a sua Confederação manter a promessa de proteger
Galaxitron?", perguntou ela. Kurala não podia acreditar que
estava realmente a ponto de considerar uma mudança no alinhamento
para a Confederação Intergaláctica! Mas, de alguma
forma, isso fez ela se sentir muito aliviada, como se um fardo gigantesco
estivesse prestes a ser removido dela.
Esta era a pergunta que ele vinha temendo ouvir, pois não havia
resposta fácil. "Maldon tentaria fazer represálias em
você, pois eles não gostam de ser feitos de tolos. E mais,
agora eles vão ter problemas com os Senhores das Trevas. Conhecendo
Quintron, ele provavelmente vai tentar fazer um acordo com a OMNI , por
sua liberdade. O único lugar onde você estaria segura é
profundamente dentro do território da Confederação.
Galaxitron si só, não pode ser protegido, pois está
localizado no quadrante dos Senhores das Trevas. Seja qual for nossa forma
de olhar, o seu povo aranha está condenado a menos que sejam retirados
imediatamente."
"AAla dar, há uma outra possibilidade que você não
observou. E se UNA assumisse a OMNI e ganhasse? Então nós
poderíamos viver em paz ao lado de sua Confederação
e não haveria mais guerras neste universo."-disse Kurala com
convicção.
"UNA não pode derrotar os Senhores das Trevas. Ele simplesmente
não é forte o suficiente. Você capturou um de nossos
depósitos de suprimentos. Vocês têm alguma idéia
de quantos depósitos de suprimentos ainda temos? E a Confederação
por si só, com seus vastos recursos, não considera fazer
uma guerra contra a OMNI! ", respondeu ele.
"E se a Confederação Intergaláctica viesse em
auxílio de UNA? Juntos, poderíamos ser capazes de vencer",
implorou Kurala apaixonadamente.
AAla dar não tinha pensado nessa opção antes. "Sim,
unidos, podemos vencer. Mas eu duvido que a Confederação
vai sequer levar isso em consideração."
"Mas se eles são as forças da luz, não eles não
vão querer livrar o universo das forças das trevas?",
perguntou ela.
"Sim, claro, e isso temos feito, lutando contra os Senhores das Trevas
durante éons. Mas nenhum de nós nunca ganhou a guerra, porque
é impossível vencer. Estamos em um universo de dualidade,
Kurala. Na dualidade, metade de dualidade nunca pode ganhar. Nunca há
uma batalha final e decisiva, porque quando você pensa que a guerra
está perdida ou ganha, o pêndulo volta na direção
oposta. Lutar contra a dualidade é como lutar com uma parte de si
mesmo, uma mão batendo na outra mão. “É frustrante
e, em última análise, é inútil”.
"AAla-dar, não existe mesmo alguma maneira de conseguirmos
a ajuda da Confederação Intergaláctica? Ajudaria se
eu fosse até eles? Eu não sou honrada como você, mas
eu não posso simplesmente abandonar Galaxitron. Eu sei que é
um planeta feio e empobrecido, mas é a única casa que tenho."
Enquanto ele estava pensando sobre o efeito que um pedido de ajuda feito
por Kurala teria sobre a Confederação, a sirene começou
a tocar, ressoando por todo o edifício.
Kurala pulou, surpresa. "O que é isso, AAla-dar?"
"Disponibilidade total alerta, Código Freqüência
Alpha. Isso é sério!" Ele pegou o telefone e apertou
alguns botões rapidamente. "Comandante AAla-dar falando. Informe,
por favor... Coordenadas... Obrigado." Ele clicou as coordenadas em
seu computador de bolso. Virando-se para ela, ele disse: "Bem, Kurala,
sua guerra já começou. As forças de UNA, lideradas
por Quintron, se envolveram com um pequeno contingente da OMNI. Tenho de
voltar para a Confederação imediatamente. OK, meu amor, o
que está pensando em fazer? Você quer vir comigo?"
"Você sabe que eu quero ficar com você", Kurala disse
com firmeza. "Mas eu não posso deixar o meu planeta desprotegido,
não agora que a guerra realmente começou. Por favor, veja
se você pode conseguir a Confederação para nos ajudar."
"Vou fazer o que eu posso, mas não conte com a gente. E se
você precisar de mim, tente enviar uma mensagem através de
Neptha. Lembre-se que eu sempre te amarei, Kurala!" Pegando sua bolsa,
AAla-dar lhe deu um beijo rápido e foi embora.