No Sábado, 19 de Outubro,
saímos do hotel às 5 da manhã, de ônibus
e carro, para empreender a viagem de duas horas e meia até o
local da ativação, situado na parte sul de Big Island.
Quando lá chegamos, já lá se encontravam muitas
pessoas e o lugar tinha sido lindamente preparado, com suas trilhas
adornadas de flores e uma magnífica variedade de alimentos saudáveis
esperando por nós.
Nos encontrávamos em um
belo vale arborizado, situado próximo às montanhas envoltas
em névoa. Era um local suave, totalmente mágico, que nos
parecia acolhedor e seguro. Para a realização da nossa
cerimônia, um grande círculo tinha sido limpo em meio a
um campo.
Após termos instalado
a aparelhagem de som, começamos por realizar a purificação
de nosso grupo e sua reentrada através das Trilhas de Iniciação,
onde cada um executava os mudras dos cinco primeiros Portais do 11:11.
Cada par que entrava no círculo formava uma extensão do
Portal, até que se formou uma longa fileira que se dirigia para
o círculo. Depois, os Guardiões passaram sob esses Portais
e tomaram suas posições, situadas no perímetro
do círculo. Já então sentíamos que a energia
era tremenda.
Hoku e Nova então invocaram
pelas bênçãos de Pele, a Deusa do Vulcão
que vive em Big Island, ao som das flautas tocadas por Anthony e Zak.
Antion então cantou uma canção Havaiana, seguido
de Omashar, que nos brindou com sua maravilhosa nova música para
flauta e tambor, que havia se transformado no tema de nossos dias de
preparação.
Então eu li em voz alta
a lista de todos os Grupos Âncora do 5º Portal espalhados
pelo mundo. À medida que os nomes eram lidos, eu podia sentir
claramente não só o alinhamento dos grupos com a nossa
energia; conseguia sentir a sua presença em nosso círculo
sagrado no Havaí. Isso fez com que nosso Ser Único se
sentisse muito vasto e poderoso. Esta foi a primeira ocasião,
desde a Ativação original do 11:11 no Egito, que eu senti
tão fortemente a presença de nossos Grupos Âncora
conosco.
Convidamos alguns de nossos Guardiões
para juntar-se a nós na execução da Dança
Processional da Estrela, a única dança que tinha sido
dançada em todas as Ativações de Portal do 11:11.
À medida que nossa estrela girava, eu conseguia sentir que todos
os que estavam ancorando o 5º Portal, tanto individualmente quanto
em grupos, dançavam conosco. Foi muito bom.
Uma observação
sobre o tempo: estávamos preparados para lidar com qualquer tipo
de condição meteorológica, principalmente com um
dia abrasadoramente quente ou com a ocorrência de chuvas torrenciais.
Apesar de o dia estar ensolarado quando chegamos, agora parecia que
poderia começar a chover. Essa parecia ser a ocasião adequada
para a execução da Dança do Grande Sol Central.
No círculo central da dança, posicionamos Nova, Kala Sara
e Nion, para que executassem a Dança do Ponto de Inserção,
inserindo assim as energias do 5º Portal. Quanto a mim, decidi
dançar na porção solar da dança. Essa foi
uma dança totalmente surpreendente, uma das Danças do
Grande Sol Central mais fortes que eu jamais dancei. E se tornou claro
para nós, à medida que a dançávamos, que
as energias do 5º Portal já estavam atuando. Ao final da
dança, atiramo-nos ao chão, deitados de costas, encarando
o céu e assim formando uma graciosa mandala (além de sujar
bastante as nossas roupas brancas.) Foi magnífico.
Foi durante essa dança
que o tempo ensolarado retornou, mas o fez de uma forma muito suave.
Foi através de uma abertura nas nuvens, que nos envolveu como
uma coluna de luz. Todo o resto do dia foi fresco, sujeito a ocasionais
garoas, que caíam como uma névoa. Foi totalmente perfeito.
O próximo acontecimento
de que me lembro é a Dança Terra-Estrela. Acontece que
essa dança fica totalmente diferente quando é dançada
no contexto de uma Ativação de Portal do 11:11. Não
importa quantas vezes a tenhamos praticado antes, ela sempre acaba alcançando
níveis totalmente novos. Ela é tão rude, vulnerável,
poderosa e sagrada, que sempre escolhemos dispor de um círculo
Interno adicional de Guardiões quando a dançamos durante
uma Ativação. Laya, Nova, Ora e eu assumimos os papéis
de Guardiões Internos. Estávamos muito decididas a proteger
os dançarinos durante a execução dessa dança.
Pois ela é extremamente poderosa.
Durante a execução,
chega-se a um ponto em que os dois parceiros, um dos quais está
encarnando um ser terra primordial e o outro um diáfano ser estelar,
soltam os braços um do outro e voltam a mergulhar em si próprios,
preparando-se para novamente se reunirem no final. Daquela feita, quando
chegamos naquele ponto da cerimônia, vi que havia uns cinco pares
de dançarinos que estavam tendo dificuldades para se separarem.
Notei isso a partir do meu ponto de referência como Guardiã
Interna, protetora dos dançarinos, sem qualquer intenção
pessoal de crítica em relação a que a dança
pudesse estar sendo executada "de forma incorreta".
Senti um forte impulso de entrar
no círculo e separar os pares que ainda se seguravam. Trata-se
de uma coisa que nunca antes tinha tido que fazer. Assim, da minha amplidão
como Guardiã, entrei no círculo de dançarinos e
separei os pares que ainda se seguravam. Três deles deixaram-se
separar com facilidade. Mas os outros dois simplesmente não queriam
se soltar. Por alguma razão, senti que seria muito importante
separa-los. (Mais tarde, essa ação foi considerada brutal
e insensível.) É claro que ela seria isso mesmo, se por
acaso tivesse sido feita unicamente sob um ponto de vista pessoal de
simples correção da dança. Mas eu sabia que tinha
agido somente como Guardiã Interna.
Foi apenas há alguns dias
que eu soube que Bruce, que atuava na posição de Guardião
Externo, e que é um sujeito que raramente tem visões,
durante a dança tinha visto alguns enormes seres terra primordiais
saírem da mata e entrarem em nosso círculo durante a execução.
E também que Ora, que estava na posição de Guardiã
Interna mais próxima a Bruce, tinha visto os mesmos seres adentrarem
o círculo e entrar nos corpos de alguns dos dançarinos.
Então entendi a razão de ter me sentido impelida a separar
os pares de dançarinos que não queriam faze-lo.
Não me lembro do que fizemos
depois; só que as energias fluíam tão naturalmente,
que cada coisa que fazíamos era uma seqüência natural
e lógica da outra. Em certa altura, olhei para o relógio
pensando que seriam umas 10:30 da manhã e percebi, chocada, que
já passava da 1:30 da tarde!
O que me lembro é que,
ao final da execução da Dança Espiral Sagrada,
nós novamente nos deitamos em círculo, dessa vez de barriga
para o chão. Nós nunca tínhamos feito isso antes,
mas nos pareceu muito adequado, pois estávamos ancorando as energias
do 5º Portal na Terra.
Nossa colorida Dança dos
Cinco Elementos foi magnífica, totalmente perfeita. Nossos Guardiões
se portaram de forma muito dedicada durante toda a cerimônia.
E nós constantemente os banhávamos com nossa gratidão.
As energias do 5º Portal continuavam a jorrar através de
nós, para a terra e daí para todos os Grupos Âncora.
Foi surpreendentemente fácil.
Cada dança que fizemos
foi perfeita, mas foi diferente da anterior. Elas agora nos pareciam
muito mais físicas do que qualquer outra coisa que já
tínhamos experimentado. Não digo físicas no sentido
de apenas serem fisicamente sentidas, mas num sentido físico
mais elevado, onde tudo, toda a nossa vastidão, toda a nossa
completude, se funde ao nosso físico.
Completamos a nossa cerimônia
com a Dança do Leão Dourado. Tínhamos praticado
essa dança ao longo de toda a semana, além de ter introduzido
algumas simplificações, de maneira que estávamos
prontos. Ah, só de lembrar a cena da entrada dos leões
dourados alados, sua entrada no círculo em uma longa fila dupla!
Quando formamos nosso círculo de leões, a dança
teve início e estes iniciaram sua intrincada seqüência
de movimentos e ondulações; a cada passo, cada leão
como que proclamava: "Eu sou um com tudo!"
Ao final da dança, os
leões marcharam para fora do círculo em todas as direções.
Foi maravilhoso. Pelo menos até a hora que eu percebi que o meu
leão estava marchando em meio a touceiras cheias de gavinhas...
a cada passo que eu dava, as gavinhas se enrolavam ao redor de minhas
pernas, fazendo com que fosse impossível tornar a ergue-las,
exigindo que eu continuamente tivesse que desenredar-me desses apêndices
vegetais. "Quão parecido com a maneira como a vida real
é às vezes!", pensei, enquanto continuava a arrancar
as gavinhas para poder seguir com a dança.
Finalmente, os leões retornaram
ao círculo carregando consigo os Guardiões. A cerimônia
tinha chegado à sua conclusão. O 5º Portal do 11:11
tinha sido ancorado.
Essa Ativação foi
tão fácil, tão fluida. Poderosa e suave. Tinha
sido um dia perfeito.
E agora, nós nunca mais
seremos os mesmos....
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